Qual a idade ideal para colocar aparelho dentário?

Qual a idade ideal para colocar aparelho dentário?

É muito comum os pais não saberem qual a idade ideal para colocar aparelho ortodôntico nos filhos e nem  quando levá-los pela primeira vez a uma consulta com o profissional ortodontista. Ouvimos diversas vezes a seguinte expressão: mas eu levei ao dentista e nunca me informaram que meu filho precisaria usar o aparelho ou que precisaria passar por uma avaliação ortodôntica. Dentro da odontologia existem mais de vinte especialidades e  cada profissional escolhe seguir pela especialidade que mais se identifica. Essa pratica na medicina já é muito conhecida, ou seja, se você está com problemas no coração provavelmente irá procurar por um cardiologista e assim com as outras especialidades médicas. A mesma lógica deve ser utilizada na odontologia. Por esse motivo o ideal é levar seu filho para saber da necessidade de usar aparelho com um ortodontista ainda na infância.

Muitos pais pensam que o aparelho ortodôntico é iniciado apenas quando o filho já está 100% com a dentição permanente, ou seja, quando já houve a troca de todos os dentes. O que muitas pessoas não sabem é que, dependendo do tipo de má oclusão ou da necessidade de tratamento de cada criança, é possível e ideal fazer intervenções precoces. Muitas vezes temos que iniciar o tratamento por volta dos 6, 7, 8 anos de idade. Dos 6 aos 10 anos  é uma fase muito boa para fazer as primeiras avaliações com o ortodontista. Visto que, na maior parte dos casos essas são as idades principais para que seja possível trabalhar a estrutura óssea do paciente, e não só dentes. No que diz respeito a  estrutura óssea conseguimos avaliar a  necessidade de remodelação ( estimular ou restringir o avanço da mandíbula). Já na maxila os aparelhos ortopédicos podem promover movimentos como:

  • Expansão;
  • Retrusão;
  • Avanço maxilar.

Essas correções precisam ser realizadas ainda em fase de crescimento da criança.

O prazo máximo para desenvolver esse tratamento ortopédico é normalmente o período dos 11 aos 13 paraas meninas  e dos 12 aos 14 para os meninos. Fase em que as crianças têm o surto de crescimento, portanto idade  ideal para trabalharmos com a estrutura óssea. Havendo a necessidade de fazer uma intervenção precoce, e passado do prazo ideal citado acima, corre-se o risco de comprometer o resultado final do tratamento ortodôntico, ou a necessidade de intervenções cirúrgicas. Nos casos em que o paciente não tem estrutura óssea suficiente para acomodar todos os dentes permanentes, em virtude de os dentes permanentes serem maiores do que a estrutura óssea pode suportar opta -se  por fazer extrações de alguns dentes para que todos eles possam acomodar-se corretamente.

Isso ocorre normalmente quando não se fez uma intervenção ortodôntica precoce para preparar uma estrutura óssea adequada para acomodação de todos os dentes. O inverso também é verdadeiro, nos casos em que existe uma discrepância óssea (por falta ou excesso de maxila ou mandíbula) muitas vezes precisamos fazer uso de um tratamento cirúrgico hospitalar em casos que a ortodontia sozinha não consegue resolver cem por cento. Vale salientar que a grande maioria dos casos onde é diagnosticado precocemente essas discrepâncias ósseas essas intervenções podem ser evitadas.

LISTAMOS OS MAIORES BENEFÍCIOS EM COLOCAR O APARELHO ORTODÔNTICO PRECOCEMENTE:

  • Possibilidade de evitar extrações de um ou mais dentes durante a pré-adolescência ou adolescência;
  • Evitar ou minimizar a necessidade de cirurgias ortognáticas em virtude da falta ou do excesso de desenvolvimento ósseo;
  • Evitar ser respirador bucal, consequentemente ter o céu da boca profundo e atrésico;
  • Precisar realizar um acompanhamento com fonoaudióloga para fazer a reprogramação lingual. Isso devido a não correção de uma mordida aberta desenvolvida por hábitos parafuncionais na infância. Saiba mais sobre a relação entre Fonoaudiologia e Ortodontia.
  • Ronco e Apneia do Sono: Seguindo as alterações faciais e com a possível soma de outros fatores, a via aérea alta tende a ficar obstruída durante o sono, o que pode levar ao ronco e à apneia do sono.
  • Cansaço Frequente: A respiração pela boca provoca desconforto durante o dia e um sono ruim durante a noite. O resultado pode ser um cansaço contínuo.
  • Boca seca / mal hálito: a respiração pela boca também é uma causa para a boca seca e, consequentemente, o mau hálito. Isso acontece, pois, o ato de respirar provoca o ressecamento e uma descamação excessiva de células da mucosa bucal. Essa descamação, por sua vez, serve de alimento para as bactérias responsáveis pelo mau hálito.
  • Infecções das Vias Aéreas: O ar que entra pela boca perde o “condicionamento” realizado pelo nariz. Assim, a garganta e pulmão podem ficar fragilizados pela agressão desse ar de má qualidade.